Após tops publicados para todos os consoles de mesa, é a vez dos usuários de PC iniciarem suas listas de compras para 2011. Os computadores, que há poucas gerações eram deixados de lado pelas desenvolvedoras que focavam seus lançamentos nos video games, voltaram a receber títulos de peso e com gráficos capazes de deixar qualquer um babando.

Em 2011, será possível rever velhas franquias e alguns games inéditos, todos com o mesmo propósito: prender o jogador em frente ao mouse e ao teclado. O ano que vem marca o retorno de um dos principais RPGs dos PCs com o lançamento de Diablo III e a chegada de Portal 2, sequência de um dos games mais criativos já lançados.

Os fãs de estratégia terão um prato cheio com Total War: Shogun 2, enquanto os aficionados por MMOs agirão ao lado de heróis em DC Universe Online. Prepare o bolso, tire a poeira de seu teclado e confira a lista dos 15 jogos mais esperados para 2011.

A oferta de games de estratégia para computadores é muito grande. É fácil pensar em nomes como Command and Conquer, StarCraft e Age of Empires. Poucos, porém, se lembram de Shogun, game lançado em 2000 que deu origem à série Total War, que nos brindou com títulos como Napoleon e Empire. Agora, 11 anos depois, a The Creative Assembly volta ao Japão feudal com Total War: Shogun 2.

Passada no século XVI, a sequência fala sobre uma era em que as armas de fogo ainda não existiam e todas as disputas bélicas dependiam da quantidade de homens em campo e de uma estratégia bem feita, capaz até mesmo de reverter uma vantagem numérica. Este aspecto foi levado diretamente para o game, com cada classe de combatente tendo qualidades e vulnerabilidades específicas, exigindo muito pensamento antes das ações.

Shogun 2 traz duas grandes novidades em relação à versão anterior. A primeira é o suporte para até 56 mil soldados em batalha, número bem maior do que a maior parte dos games do gênero. A segunda é a adição de batalhas navais, um novo terreno que pode funcionar como vantagem nas batalhas ou selar a derrota do jogador caso ele não saiba utilizá-lo adequadamente.

 

Doom é daqueles games que dispensam apresentações. Com o título, a id Software foi responsável por popularizar o gênero entre os usuários de PC, gerando diversos filhos e influenciando produções até hoje. Agora, a desenvolvedora volta ao terreno conhecido com Rage.

A história de um mundo apocalíptico, resultado da colisão da Terra com um asteroide que transformou os seres humanos em mutantes sanguinários, deu margem para uma inovação no gênero.

A id Software apresenta desta vez um mundo aberto, no qual o jogador pode seguir como quiser para os destinos, a pé ou com a ajuda de veículos.

Um vasto arsenal de armas não foi deixado de lado, assim como a grande quantidade de inimigos que povoam todos os cantos do mundo devastado. Estes elementos também devem ser levados em conta na hora de deixar um lugar seguro, afinal de contas, você pode não conseguir voltar para lá.

Lançado em outubro de 2010, Fable III continuou a história fantástica de heróis que devem tomar decisões morais e éticas para obter um determinado objetivo, neste caso, a conquista do trono. Todas as ações tomadas pelo jogador têm algum tipo de influência, por isso, as escolhas devem ser feitas com muita cautela para não causarem impacto negativo.

Em 2011, os donos de computador finalmente irão receber a terceira versão da franquia e poderão verificar por si sós como se sairão na tarefa de governar Albion. Os usuários também poderão experimentar o novo sistema de combates, que permite aos jogadores criarem suas próprias armas e utilizá-las como bem entenderem.

A versão para computadores de Fable III não deve trazer muitas novidades em relação à edição para Xbox 360, mas deve carregar consigo pelo menos a correção de diversos bugs que irritam os jogadores do console da Microsoft.

O primeiro Deus Ex é considerado até hoje um dos melhores games já lançados para PC. Aliando elementos de RPG com ação em primeira pessoa, a história futurista cyberpunk está prestes a ganhar sua terceira edição, que na verdade é um prequel ao primeiro game da série.

Um dos pontos chaves de Deus Ex: Human Revolution é a grande variedade de decisões que podem ser tomadas durante o game, dando a ele um caráter extremamente ético. Fazendo as escolhas certas, os jogadores seriam capazes de terminar o título sem disparar armas de fogo, agindo apenas por meio da furtividade e das relações sociais. Nenhuma ação possui uma única forma de ser abordada, e tudo é relativo.

Caso seja preciso partir para o combate, porém, Deus Ex: Human Revolution contará com um arsenal impressionante, parte das experiências para aumentar a força dos seres humanos por meio de implantes robóticos. Os elementos de RPG também se fazem presentes aqui, com upgrades disponíveis para armas e outros equipamentos.

Em um mundo em que os games estão cada vez mais conectados e voltados para jogabilidade online, a CD Projekt Red decidiu seguir um caminho diferente e manter Witcher 2: Assassins of Kings totalmente desconectado. A decisão foi tomada para privilegiar a trama, recheada de temas controversos como sexo e racismo, e permeada por altas doses de violência.

O principal ponto de Witcher 2 é que não existem linhas dividindo o bem e o mal. O jogador pode agir como bem entender, e suas decisões influenciarão no rumo tomado pela história e na interação dos NPCs com o protagonista. Isso faz com que uma partida nunca seja igual à outra e abre um grande mundo de possibilidades.

Outro destaque é a engine totalmente inédita criada pela CD Projekt para o game. A inteligência artificial também merece nota, e produz personagens que reagem de forma diferente e possuem interesses próprios, que podem (ou não) compactuar com o do protagonista.

Anunciado em 2008, o MMO Star Wars: The Old Republic finalmente será lançado em 2011. Passado 3,5 mil anos antes dos filmes, a história explorará os primórdios da saga, mostrando o estabelecimento da República Galáctica e os primeiros conflitos da ordem com os sombrios Sith.

Com classes de personagens bem características a cada uma das facções e tramas específicas para cada tipo de personagem, Star Wars: The Old Republic promete levar os jogadores a um terreno ainda pouco explorado nos games, mas com os mesmos momentos grandiosos de sempre. Batalhas de sabre de luz, claro, estão inclusas no pacote, assim como grandes guerras aéreas e confrontos com centenas de guerreiros atuando ao mesmo tempo, cada um com sua própria habilidade.

Um dos principais destaques deste título é o mundo dinâmico, onde mudanças climáticas e ambientais acontecem a todo momento e garantem que nada permanece da mesma forma por muito tempo. Guild Wars 2 vai utilizar o recurso para dar tarefas temporárias ao jogador, criando uma maior sensação de imersão ao título.

Este MMORPG medieval também traz uma abordagem diferente ao sistema de batalhas, que exige estratégia por parte do jogador para desviar dos ataques inimigos e tomar cuidado ao baixar a guarda, pois qualquer deslize pode ser fatal.

Mas o ponto principal, que deve agradar qualquer jogador, é o seguinte: Guild Wars 2, assim como seu antecessor, não cobrará taxas mensais para ser jogado.

Considerado o substituto de Resident Evil como principal portador da bandeira do survival horror, Dead Space chega a sua segunda edição carregando uma grande responsabilidade: ser maior que seu antecessor. A Visceral Games sabe bem como atingir esse objetivo, e atacará os jogadores de duas maneiras diferentes.

A primeira delas é levar o protagonista, Isaac Clarke, diretamente ao centro do problema que assola o universo, e jogá-lo no ninho dos Necromorphs, criaturas assassinas que querem a cabeça de qualquer ser humano que cruzar seu caminho. A segunda é o modo multiplayer, que utilizará um sistema de níveis e evolução dos personagens para prolongar a aventura online.

Uma coisa, porém, permanece inalterada desde o primeiro: o clima de terror e suspense que conquistou a todos. Os fãs não esperam nada diferente e, pelas imagens divulgadas, parece que todas as expectativas serão satisfeitas.

Não é apenas de RPGs medievais que vivem os computadores. A BioWare está disposta a mostrar que o gênero pode ser levado adiante com Mass Effect 3. Revelado após muita especulação, o título levará os jogadores novamente às fronteiras do espaço, ao lado do Comandante Shepard na luta contra o fim da raça humana

A falta de um modo multiplayer pode até ser sentida pelos jogadores, mas como os dois últimos games da saga provaram, não faz de Mass Effect um jogo ruim. Pelo contrário, o foco aqui é a trama, muito bem elaborada pela Bioware. De acordo com a produtora, este será o último capítulo da saga de Shepard, o que não significa, porém, que é o último jogo da série.

Um dos games mais criativos de 2008 finalmente vai ganhar uma sequência. Portal 2 promete trazer de volta tudo aquilo que o tornou um sucesso: humor ácido, alta tecnologia e puzzles intrincados, que exigem uma boa dose de pensamento para serem resolvidos. Engana-se, porém, quem pensa que o segundo game será apenas “mais do mesmo”.

A Valve parece disposta a inovar, e começou a fazer isso com a inclusão de Wheatley, um pequeno robô que acompanhará o jogador durante toda a jornada. Isso, além de dar margem para muito mais comicidade, também permite a utilização de quebra-cabeças cooperativos, seja pela internet ou localmente, com a tela dividida.

Portal é um game que não pode ser definido de forma adequada por palavras, e que deve ser jogado para total compreensão. Pelo que a Valve promete para a sequência, a afirmação anterior não pode ser mais acertada.

Os fãs de velocidade usuários de PC normalmente olham com inveja para os donos de PlayStation 3 e Xbox 360, com seus Forza e Gran Turismo. A era de passar vontade, porém, acabou, pois Need for Speed SHIFT 2: Unleashed está prestes a chegar, e quer bater de frente com os dois ícones da simulação de corrida para os consoles.

O principal ponto com o qual o game tenta passar na frente de seus concorrentes é a ênfase nas corridas, e não no “colecionismo” de automóveis. Para a Slightly Mad Studios, responsável pelo game, o que importa mesmo é a velocidade, com carros possantes, e o foco aqui é exatamente este.

Espere também um sistema real de colisão e a possibilidade de personalizar completamente seu veículo, incluindo peças e ajustes visuais. Desta forma, seu carro será único nas pistas, tanto em desempenho quanto aparência. Pode ir limpando a poeira do seu volante.

Se, para você, explorar os corredores escuros do Asilo Arkham foi uma aventura épica, pense novamente. Desta vez, toda uma área de Gotham City foi transformada em prisão para os lunáticos que estavam presos. A ideia, claro, não poderia dar certo, e agora é responsabilidade do Batman limpar a bagunça.

Esta é a premissa básica de Batman: Arkham City, aguardada sequência do game de sucesso do Homem Morcego. Com jogabilidade que mistura pancadaria frenética e ação furtiva, o jogo acumulou prêmios e recordes de venda, praticamente pedindo por uma sequência, que vem com gráficos impressionantes e uma série de melhorias na jogabilidade.

A grande vantagem da versão PC do game em relação à dos consoles é o uso da engine PhysX. A tecnologia é capaz de renderizar uma grande quantidade de objetos dinâmicos ao mesmo tempo, garantindo mais realidade às cenas. Trocando em miúdos, isso permite que o cenário seja realmente destrutível, e os escombros tenham física perfeita. Mais real, impossível.

Assim como em seu antecessor, Crysis 2 impressiona logo na primeira olhada por um simples motivo: os gráficos. Desta vez, porém, os visuais foram levados a um novo patamar. Não se trata mais de florestas com vegetação variada, a ação agora acontece em Nova Iorque, mais precisamente em um bairro evacuado de Manhattan.

O local, reduzido a ruínas, agora é palco de uma batalha épica pela sobrevivência da raça humana, onde o segredo para a vitória é um só: atacar com tudo. A tarefa é facilitada com o advento da Nanosuit 2.0, roupa usada pelo personagem que amplia o poderio físico e é capaz de combinar efeitos do ambiente para auxiliar o usuário.

A batalha frenética também acontece nos palcos online, que faz uso das melhores características do game para colocar os usuários para brigar. Se você achou que enfrentar aliens foi fácil demais, a briga pode ser diferente quando o adversário é humano.

E o PC, casa dos MMOs, não poderia ficar sem DC Universe Online, game que colocará diversos jogadores ao mesmo tempo no universo de Batman, Super-Homem e companhia. Com ares de City of Heroes, o título da Sony Austin promete agradar não apenas aos aficionados pelos personagens da DC Comics, mas também a todos aqueles que procuram uma boa escolha em MMOs.

Com opções completas de personalização, que incluem aparência, figurino, personalidade e poderes, DC Universe Online dá aos jogadores a possibilidade de criar sua própria contraparte virtual e jogá-la dentro do universo dos quadrinhos. Seja para atender aos chamados de socorro da população ao lado do Batman e do Lanterna Verde, ou para tramar planos maléficos com o Coringa e Lex Luthor.

Seja como for, DC Universe Online é como um sonho realizado. Quem nunca se imaginou tendo uma identidade secreta, lutando contra o mal ou usando poderes como bem entender, doa a quem doer? É justamente essa a premissa do jogo. Escolha um lado, vista sua roupa colorida e prepare-se para lutar contra ou a favor do crime.

A Activision Blizzard dispensa apresentações quando o assunto é RPG. Foi das mãos da produtora que saíram StarCraft II: Wings of Liberty e World of Warcraft. Agora, Diablo III é o próximo grande título, que trará de volta tudo aquilo que é consagrado na franquia, com diversas adições.

A principal mudança está na parte gráfica, que conta com a ajuda da engine física Havoc. Agora, objetos dos cenários podem ser destruídos e utilizados como arma não somente pelos jogadores, mas também pelos oponentes. Com uma IA aprimorada, os adversários tentarão cercar os heróis e utilizarão esconderijos.

As batalhas também podem ser levadas para a internet, no modo Player vs. Player, em que adversários humanos se enfrentam, ou em sessões corporativas, na qual jogadores se unem para lutar contra as forças do mal. Os cenários e inimigos randômicos também merecem citação, e garantem que uma partida nunca será igual à outra.

E não para por aí. A lista acima elegeu apenas os 15 games que, na nossa opinião, vão ser os principais para computador em 2011. O ano que está por vir , porém, ainda guarda uma série de outros grandes títulos, como Dragon Age II, Dota 2 e From Dust, apenas para citar alguns exemplos.