Quando o God of Games listou os games mais aguardados para cada plataforma, vários usuários se manifestaram sobre a ausência de determinados títulos. Também pudera, já que a quantidade de promessas para 2011 é enorme e nós fomos obrigados a filtrar apenas alguns para criar os tops.
No entanto, isso não significa que esses títulos “esquecidos” não são aguardados. Apesar de não terem milhares de fãs ansiosos como em Uncharted 3 ou de um Gears of War 3, há mais de uma dezena de bons jogos a serem lançados que também merecem ser conferidos. Mais do que isso, há aqueles que realmente têm a capacidade de nos surpreender.
Foi assim em 2010 com Super Meat Boy. Ninguém dava a mínima para o game, já que seus gráficos eram vistos como ultrapassados, mas o bolinho de carne mostrou sua verdadeira força e desbancou muita série grande. Do mesmo modo que aconteceu com ele, vários outros jogos surgiram “de repente” e viraram um sucesso instantâneo.
Em 2011, queremos que isso se repita muitas vezes. Por isso, o God of Games foi atrás desses títulos para que você saiba quem também está na disputa por sua atenção. Afinal, nem só de grandes blockbusters é feita a indústria de consoles.
O ano dos FPSs
Um ano cheirando a pólvora
Os fãs de jogos de tiro não têm do que reclamar da atual geração: a quantidade de (bons) FPSs que chegaram ao mercado é surpreendente e digna de transformar qualquer sala em um campo de guerra.
Basta olhar para o sucesso das séries Call of Duty e Halo para ter uma ideia da força deste gênero.
Com as armas tão em alta, é natural que tenhamos muito mais explosões e tiroteios em 2011, certo? Alguns exemplos de futuros lançamentos promissores – como RAGE e Killzone 3 – já apareceram nas listas que fizemos, mas há outros nomes que também merecem ser lembrados.
É o caso de Battlefield Play4Free, que chega aos PCs em abril. A nova campanha é totalmente focada no que há de melhor em toda a franquia: as partidas online para múltiplos jogadores. Além de ser completamente gratuito, o título reaproveita os acertos de seus antecessores e tem grandes chances de prender muita gente em frente aos computadores.
O mesmo pode ser dito de Warface, que também coloca o jogador no meio de uma guerra. Por mais
que pareça ser “apenas mais um”, é possível que tenhamos uma agradável surpresa em nossos PCs, afinal estamos falando de mais uma produção da Crytek Studios, responsável pelo excelente Crysis.
Já que o assunto são conflitos e tiroteios enlouquecidos, não podemos nos esquecer de Bodycount. Desenvolvido pelo mesmo criador de Black, o game coloca de lado todo o realismo e traz uma experiência muito mais voltada ao arcade. O resultado disso é uma jogabilidade totalmente descompromissada, em que seu principal objetivo é sentar o dedo no gatilho e ver tudo voando pelos ares. Impossível existir algo mais divertido do que isso.
Existe uma série que sabe muito bem disso, mas que estava desaparecida há um bom tempo. Depois de dez anos do anúncio oficial, finalmente teremos Duke Nukem Forever em nossos consoles. Apesar de termos poucas informações sobre o projeto, basta saber que se trata de um clássico para que nossa vontade de atirar e destruir apareça.
F.E.A.R. 3 vai por outro caminho e usa a perspectiva em primeira pessoa para tornar o terror muito mais presente. Apesar de ser menos intenso quanto os demais jogos, esse lançamento já chega com grandes expectativas por ser o terceiro capítulo da conceituada franquia. Para quem desconhece, basta imaginar uma versão ainda mais aterrorizante de Bioshock para ter uma leve noção do que encontrar em 2011.
O grande destaque desse último é a possibilidade de controlar dois personagens durante a história. O primeiro é um soldado tradicional, com suas armas e metralhadoras características do gênero. Porém, o outro protagonista é um fantasma, o que oferece uma jogabilidade completamente diferenciada com base nas habilidades do espectro.
Muito mais ação
E uma dose extra de adrenalina
Se você é um daqueles fãs que defende sua série favorita em detrimento das demais, saiba que você pode perder grandes títulos simplesmente por já considerar Uncharted 3 e Gears of War 3 como os melhores lançamentos de ação para este ano. Não que não estejamos loucos pelo retorno de Nathan Drake e Marcus Fenix, mas eles não são os únicos bons nomes no gênero.
Anunciado pela Capcom como o próximo God of War, Asura's Wrath pode ser uma das grandes surpresas de 2011. Mesmo sem ter nenhuma informação sobre jogabilidade ou história divulgada, o game empolga por seu trailer.
Inspirado na mitologia hindu, o jogo traz centenas de adversários na tela e parece oferecer um combate bastante ágil e com quantidades absurdas de sangue voando para todos os lados. Some a tudo isso o potencial gráfico ofertado e você tem uma nova franquia com um enorme potencial para virar um sucesso.
Quem também vai distribuir porradas nos consoles é Neverdead. Você controla um caçador de demônios imortal que pode fazer simplesmente qualquer coisa com seu corpo para acabar com os inimigos. Imagine como deve ser divertido arrancar seu braço e arremessá-lo em um monstro enquanto atira loucamente em outro. Pois isso é somente uma das possibilidades oferecidas neste game da Rebellion.
Neste ano também temos o retorno de outra franquia bastante conhecida: Yakuza. O quarto título chega às lojas em abril e traz alguns recursos bastante interessantes – e promissores –, como um mundo aberto, controle de quatro personagens e toda uma viagem pelo submundo japonês.
Outra série que regressa com força total em 2011 é Motorstorm, que volta ao PlayStation 3 com Apocalypse. Dessa vez, o game se passa em uma cidade litorânea que é vítima de todos os desastres naturais possíveis, como terremotos, erupções vulcânicas e furacões. A novidade está na adição do recurso 3D, que promete deixar as corridas (e as destruições) muito mais realistas e fazer com que o jogador mergulhe no mundo visto na tela.
Falando em destruição...
Se Motorstorm já fez com que você ficasse louco de vontade de mandar alguns carros voando pelos ares, o que dizer do retorno de uma das franquias que iniciou tudo isso? Sucesso na época do PlayStation original, em 2011 temos um novo Twisted Metal pintando em nossos consoles.
Apresentado durante a última E3, o jogo traz diversas inovações em relação aos seus anteriores. A começar pelo multiplayer online, que permite que até 16 jogadores se enfrentem simultaneamente. Além disso, também foi inserido um sistema de facções, que faz com que você possa escolher qual carro utilizar, independentemente do personagem selecionado.
Por fim, a quantidade de veículos também foi ampliada. Agora também é possível controlar helicópteros e outras máquinas voadoras, o que torna as missões ainda mais dinâmicas. As chances de você ser acertado por um míssil e não ter ideia de onde ele veio são altíssimas.
In Kojima we trust
Como pode um novo Metal Gear Solid não estar presente em nenhuma lista de mais aguardados de 2011? Por mais absurdo que isso possa parecer, o motivo para Rising não ter sido citado anteriormente é pelo simples fato de ninguém saber absolutamente nada sobre ele.
A Kojima Productions se pronunciou muito pouco sobre este spin-off de uma de suas mais importantes séries. Tudo o que sabemos é que controlaremos Raiden e que a aventura mesclará stealth com elementos de ação, principalmente com o uso de espadas.
O mais interessante é a possibilidade de controlar o direcionamento do corte. No trailer divulgado, vemos o novo protagonista cortando frutas. Por mais bizarro que isso pareça, podemos ter uma ideia do funcionamento da mecânica e de sua precisão cirúrgica. Se é tão impressionante com melancias, imagine só com um soldado inimigo.
Além disso, também não há nenhuma informação sobre o enredo. Em que momento da cronologia se passa? Não sabemos, mas isso não impede de ficarmos morrendo de vontade de cortar tudo o que vermos pela frente.
Envoltos em mistérios
Grandes nomes, pequenas informações
Já que estamos falando em jogos que podem nos surpreender neste ano, nada mais justo do que falar daqueles games que não há nenhum detalhe mais aprofundado sobre sua história ou jogabilidade, mas que há uma enorme expectativa em torno! Assim como acontece com Metal Gear Solid Rising, outros títulos são esperados graças à equipe responsável por ele.
Quem acompanha as informações homeopáticas que são liberadas sobre Catherine sabe muito bem do que estamos falando. Ninguém tem a mínima ideia do que a aventura se trata, mas os trailers enigmáticos e o fato de ser desenvolvido pelos mesmos criadores da série Persona já fazem deste lançamento um dos mais aguardados de 2011.
Journey, por outro lado, já encanta por ser incrivelmente cult. Anunciado em junho do ano passado, o jogo é mais uma obra do time que nos presenteou com os excelentes flOw e Flower. Lançados exclusivamente na PSN, os dois games chamam a atenção pela proposta diferenciada e singela, que não se enquadra em nenhum gênero específico. Em Journey, não esperamos nada abaixo disso.
A indústria em movimento
Kinect e Move para jogadores hardcore
Depois de muito alarde, Microsoft e Sony lançaram seus controles de movimentos. Junto deles, uma quantidade razoável de títulos compatíveis. O problema é que a grande maioria deles é voltada para o público casual.
Ok, sabemos da importância desse tipo de consumidor – o Wii é até hoje o console mais vendido graças ao interesse que o sensor causou em não gamers –, mas isso não significa que jogadores hardcores não possam aproveitar todos os recursos de seus consoles. Sendo assim, queremos que 2011 nos traga títulos realmente interessantes para Move e Kinect.
As duas empresas já se espertaram quanto a isso e prometeram mudanças já para este ano. No PS3, por exemplo, teremos Sorcery, um jogo de ação que transforma o controle em uma varinha mágica. Apesar de não ser um novo God of War em questão de maturidade, não é tão casual quanto Sports Champion.
Quem realmente promete extrair o máximo o Move é No More Heroes: Paradise, que chega também ao Xbox 360. No console da Sony, podemos esperar que a primeira investida de Travis Touchdown fora do Wii reaproveite a maior precisão do sensor de movimento do concorrente para realizar combos ainda mais alucinantes.
O Kinect também tem títulos bastante promissores, como Child of Eden. Ainda que não seja exclusivo da Microsoft, esse jogo da Ubisoft faz uso do revolucionário periférico para aprofundar a jogabilidade. Como a aventura leva o jogador para dentro de um mundo psicodélico, usar seu próprio corpo para controlar o ambiente é a experiência que esperávamos desde a época em que ainda chamávamos o acessório de Projeto Natal.
Outra grande promessa é o já lendário Star Wars Kinect. Os fãs da franquia de George Lucas cansaram de esperar um game que utilize os novos controles para simular sabres de luz de maneira realista, mas parece que o objetivo será alcançado no próximo jogo para Xbox 360. A equipe de desenvolvimento garantiu que você pode se transformar em um Jedi antes do Natal. Será?
O último suspiro
O que aguardar do fim da atual geração de portáteis?
O 3DS já está aí. O PlayStation Phone continua dando as caras – mesmo que não tenha sido oficialmente anunciado – enquanto rumores apontam que a Sony também prepara o PSP2 já para este ano. Porém, enquanto a próxima geração já começa a dar seus primeiros passos, a atual dá seus últimos sinais de vida.
Engana-se, entretanto, quem acha que isso significa um marasmo nos lançamentos. Apesar de todos sabermos que é hora da mudança, tanto Nintendo DS quanto PSP vêm cheios de novidades para 2011.
O pequeno de duas telas, por exemplo, já começa o bombardeio na semana que vem.
No dia 11 de janeiro, temos Ghost Trick: Phantom Detective, da Capcom. Para quem desconhece, o título foi desenvolvido pelos mesmos criadores de Phoenix Wright, o que nos faz esperar diálogos inteligentes e engraçados ao longo da história.
Já no dia 14, chega às lojas Kingdom Hearts: Re:Coded, o remake do game lançado para celulares no Japão. Mesmo sendo focada nos fãs da franquia, a nova aventura de Sora, Donald e Pateta pode ser apreciada por qualquer pessoa.
Além disso, o próprio diretor, Tetsuo Nomura, afirmou que o jogo é peça-chave para entender os acontecimentos de Kingdom Hearts 3. Em outras palavras, é compra obrigatória.
O mês de março também marca o lançamento de dois grandes nomes do DS. Pokémon Black e White prometem renovar toda a série, com um sistema de estações do ano e mais de 150 novas criaturas. Já em Okamiden, temos o retorno do conceituado título da Capcom.
O PSP de grandes séries
Assim como o Nintendo DS, 2011 parece não ser um ano de grandes inovações para o PSP. De todas as grandes promessas, não há nenhuma franquia inédita ou aposta desconhecida. Todos os títulos mais aguardados são sequências ou parte de uma série de sucesso.
Isso é ruim? Muito pelo contrário, já que as chances de termos algo realmente bom são enormes. É o caso de Patapon 3, que repete a mesma fórmula viciante de seus antecessores na certeza de atingir em cheio o gosto dos fãs. Vai funcionar? Não sabemos, mas o fato é que estamos loucos para voltar a ficar com o “Pon-pon-pata-pon” em nossas cabeças.
A Square Enix é outro estúdio que sabe o quão tradicionais são seus games e faz uso disso para alavancar as vendas. Que fã de RPG não fica empolgado a cada anúncio de um novo Final Fantasy?
Dissidia 012: Duodecim Final Fantasy é a sequência do jogo de luta que coloca os personagens da empresa na disputa pelo equilíbrio do universo. Desta vez, novos lutadores foram adicionados à história, o que promete muito mais ação e variedade nos confrontos.
Outra franquia retomada este ano pela Square é Parasite Eve. Após dez anos desaparecida dos consoles, Aya Brea volta ainda mais sensual em The 3rd Birthday e traz novas mecânicas de jogo para se adequar à atual geração. Se você é um antigo fã da musa, esqueça os turnos e prepare-se para encontrar batalhas contra monstros muito mais dinâmicas.
O que mais esperar?
As melhores surpresas
Todos os jogos que citamos nesta e nas outras listas são apenas alguns dos bons lançamentos para 2011. No entanto, note que estamos falando de surpresas. Apesar de o hype em torno de alguns jogos ser menor do que em outros, sempre há algum tipo de expectativa.
O que isso significa? O que realmente vai nos surpreender é aquele projeto completamente desconhecido, que chega sem avisar e nos prende por horas em frente ao console. É difícil (para não dizer “impossível”) dizer qual game vai conseguir essa proeza, mas perceberemos quando algo assim acontecer. Você já tem algum palpite?
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