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Não se trata mais de uma “simples” invasão alienígena


Não se trata mais de uma “simples” invasão alienígena. A esperança incipiente foi sumariamente abandonada por becos escuros, armas improvisadas, guetos exalando o fedor de uma panela cozinhando restos de uma Chimera. Após o final de Resistance 2, a humanidade acabou perdendo dramaticamente a vantagem que tinha sobre as terríveis criaturas, de forma que já se fala em uma “Chimerica” — junção de América com Chimera, naturalmente.
A descrição acima combina perfeitamente com o clima de Resistance 3. Uma atmosfera de abandono em que os seres humanos perdem a cada dia o status de raça hegemônica. Tudo é mais escuro, desolado, e palavras como “execução” e “canibalismo” ganham cores cada vez mais vivas.
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De fato, as mudanças no design do mundo de Resistance 3 são substanciais. O resultado parece ser um ecossistema que, mesmo a contragosto, acabou incorporando a raça Chimera e proscrevendo os humanos. Dessa forma, não faz mais tanto sentido falar em “levas de Chimera”. Agora “eles” são os verdadeiros inquilinos — organizados em patrulhas e guardas, inclusive. O que nos resta? Reunir os sobreviventes para tornar a tomada do planeta Terra o mais difícil possível.
Muita coisa pode acontecer em quatro anos...
Img_normalSim, o clima Resident Evil de Resistance 2foi trocado por algo que parece ter mais a ver com Metro 2033Mas ainda há esperança. No meio desse pandemônio apocalíptico, surge você, o protagonista. (ALERTA SPOILER!) Seria uma versão reencarnada de Nathan Hale, protagonista do primeiro título? Não mesmo.
O Quixote da vez é Joseph Capelli — sim, o sujeito que executou o herói do jogo anterior. De fato, Resistance 3 se passa em 1954, portanto quatro anos após os acontecimentos do seu antecessor. Nesse ínterim, Capelli formou uma família com a irmã de Hale, Susan. O novo protagonista vai viajar através de várias localidades dos EUA a fim de encontrar a cura para o seu filho infectado.
Mas outras coisas também aconteceram; fatos que justificam a visão catastrófica do início deste texto. A humanidade, agora tremendamente reduzida, passa fome e, portanto, teve que apelar para uma estratégia de sobrevivência no mínimo controversa: o canibalismo. Isso significa que é bom dormir com um olho aberto mesmo quando estiver em uma área livre de Chimeras.



Arme-se com o que puder
Mas a estética apocalíptica de Resistance 3 não se resume apenas ao design do mundo de jogo. Embora ainda não exista uma lista completa com as novas armas, a Insomniac revelou que o arsenal anterior de Resistance passou por consideráveis mudanças a fim de se adequar às novas condições da humanidade. Basicamente, tudo agora parecerá velho e desgastado. A frag granade, por exemplo, pode não passar de uma latinha de refrigerante cheia de tachas ao redor.
Mas sim, existe algo de novo para se utilizar no massacre de Chimeras. Trata-se do Mutator, algo que se parece muito com uma escopeta acoplada a uma mangueira de gasolina. O efeito aqui é dos mais nocivos: a arma dispara uma nuvem de gás que produz instantaneamente uma infinidade de cistos na pele das Chimeras. E um upgrade pode tornar a coisa toda ainda mais doentia, fazendo com que as Chimeras purulentas ataquem-se violentamente.
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A propósito, algo foi dito também em relação ao novo sistema de evolução de armas desenvolvido para Resistance 3. Basicamente, você ganhará pontos por utilizar uma arma específica. Basta então gastar esses pontos em melhorias. E, bem, se todos os upgrades forem como o disponível para o Mutator, a Insomniac pode acabar com uma jogabilidade tão imprevisível quanto caótica — o que seria ótimo, é claro.
Multiplayer: o melhor dos títulos anteriores
Segundo afirmou o diretor criativo de Resistance 3, Marcus Smith, ao site Gameinformer.com, “A abordagem multiplayer [de Resistance 3] deve melhorar os elementos mais populares de Resistance 1 e 2”.
Img_normalDe qualquer forma, a citação de Smith se materializou até agora em duas frentes, todas elas seguindo a ideia de que “menos é mais”. Em primeiro lugar, a campanha cooperativa. O modo agora trará o segundo jogador no controle de John Harper e, segundo a desenvolvedora, o foco é trazer uma experiência consistente e interligada, em oposição a uma série de missões isoladas.
Em relação ao multiplayer tradicional, nada muito esclarecedor. A desenvolvedora acrescentou apenas que haverá maior conexão entre o modo história e os tiroteios nonsense de gêneros como o deathmatch. Bem, a julgar pelo novo sistema de upgrades, talvez não seja demais esperar por modos online igualmente originais, não?
Resistance 3 tem lançamento previsto para algum momento de 2011. Aguarde novidades.