Um dos games mais esperados do ano, finalmente chegou aos consoles da atual geração. L.A. Noire mostra que a Rockstar não vive somente do sucesso de GTA e apresenta a investigação como o foco principal em um jogo empolgante. Confira:
Trabalhando dentro da Lei
O que todo jogador deve saber antes de começar a sua jornada em L.A. Noire é que, por mais que a princípio este título seja bem parecido com as aventuras de Niko Bellic em GTA, eles são bem diferentes. Depois de poucas horas de gameplay fica mais fácil comparar L.A. Noire com Mafia 2 (da 2K) do que com as aventuras que consistem em cumprir missões ilegais e, como o próprio nome sugere: roubar carros.
E se a ideologia de GTA é a mais politicamente incorreta, em LA Noire você se depara com o inverso, ou seja, na pele do detetive Cole Phelps, você deve ingressar em sua carreira de detetive nas movimentadas ruas de Los Angeles e fazer de tudo para que a lei seja cumprida, mesmo que o mundo ao seu redor seja corrupto demais para ações dentro das normas.
Investigue e interrogue!
Outro fator que difere bastante de seu “irmão de empresa” é a forma com que o enredo é focado. Em GTA as missões são do tipo: roube isso, destrua aquilo e mate aquele sujeito. Já em L.A. Noire, as missões são mais profundas, exigem mais tempo (um alerta aos mais impacientes) e necessitam de muita atenção. Você precisa rodear cada centímetro da cena de um crime em busca de pistas que podem ajudar a solucionar o crime e ainda interrogar testemunhas para colher informações e iniciar todo o processo de investigação que leva a diversos lugares, como a casa de suspeitos e até mesmo lojas de armas que possuem o registro de possíveis assassinos.
A necessidade de investigar cada detalhe não vale somente pelo fato: quanto mais informações melhor, mas sim para que sua experiência dentro do game evolua. Essa experiência ajuda a conquistar os famosos Pontos de Intuição, que funcionam de uma forma bem eficiente quando utilizados. Eles podem lhe sinalizar todos os locais que contém provas de um crime ou até mesmo ajudar na hora de interpretar um suspeito no momento de seu interrogatório.
E sobre os interrogatórios, é interessante a forma com que eles funcionam. Além de precisar prestar atenção em todos os detalhes, desde o timbre da voz até olhares desconfiados, sua investigação pode ficar comprometida se não for seguida da maneira correta. Isso se torna um problema sério para aqueles que não possuem conhecimento em inglês, presente na maioria das versões do jogo.
Mas algumas características de GTA, ou mais precisamente da Rockstar, também estão presentes, como os mapas gigantescos e as famosas submissões. Essas funcionam de uma forma parecida com o cotidiano dos policiais de verdade, pois entre uma investigação e outra, é possível atender a pequenos casos como um assalto com reféns e até mesmo tentativas de suicídio.
A mecânica conhecida
A jogabilidade é o ponto mais parecido entre os jogos da Rockstar que fazemos questão
de comparar em nossa análise. A popular mecânica de GTA, com movimentos simples a pé ou quando pilotando os carros, se faz presente em LA Noire, porém os velhos problemas da era GTA ainda persistem, como o sistema de mira pouco eficiente e a dificuldade em se proteger durante um intenso tiroteio.
Com os carros, é possível notar uma melhoria em relação à condução dos veículos. Também pudera, afinal, não há como comparar as máquinas “tunnadas” do século 20 com as “banheiras mecânicas” dos anos 40. Por isso, por mais que o veículo seja um dos mais rápidos encontrados pelo caminho, conduzi-lo é bem mais simples.
Jogando com atores quase reais
O tão anunciado shellshapping impressiona logo nas primeiras animações. Nenhum jogo conseguiu aplicar de forma tão eficiente esse sistema de interpretação e captura de expressões faciais. Nem mesmo o famoso Heavy Rain, que desenvolveu toda a movimentação dos personagens em cima de atores reais.
L.A. Noire executou o mesmo procedimento citado acima, entretanto, muitos diálogos foram desenvolvidos em cima de elementos desenhados artificialmente, em outras palavras, o game não foi interpretado o tempo todo, embora essa seja a impressão durante o jogo.
O cenário também apresenta Los Angeles dos anos 40 da forma mais realista possível, com direito a um amplo trabalho de pesquisa da equipe da Rockstar que reconstruiu toda a cidade de forma incrível.
E se você é do tipo que procura o realismo ao extremo, a empresa fez questão de colocar uma opção para que L.A. Noire seja jogado totalmente em preto e branco para aumentar o clima noir. O efeito reproduz muito bem a sensação de assistir a um filme dos anos 40.
Longo e solitário
A primeira coisa a se notar é a falta de um modo Multiplayer. Tudo bem, o jogo oferece um enredo mais linear do que em GTA e sem contar que o intuito de L.A. Noire é ser correto, algo que o multiplayer de seu irmão dificilmente oferece. Mas um modo cooperativo poderia ser um atrativo à parte, ainda mais em dias em que 80% dos jogos possuem uma interação online com outros jogadores.
Nome: L.A. Noire
Gênero: Ação
Distribuidora: Rockstar (distribuído no Brasil pela NC Games)
Plataformas: PS3 / Xbox 360
fonte: techtudo
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